sábado, 31 de dezembro de 2011

Batalhão de Infantaria Motorizado, a “Casa do Combatente de Caatinga”, realizou no período de 17 a 22 de agosto de 2011 o Estágio de Adaptação a Caatinga - EAC 2008/5, o qual contou com a participação do Gen Bda Fernando Vasconcellos Pereira,  ex-Comandante do CMPA e atual Comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, e de um grupo de trinta e nove estagiários da Marinha, Exército, Força Aérea, Policia Militar do Ceará e da Policia Civil da Paraíba. 


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, tava aqui parado e resolvi testar pra ver como ficaria um uniforme de CAATINGA do EB, e acho q ficou até legal depois de climatizado então, vai ficar muito bom, se um deste for feito com calma acho q fica muito realista, vejam :
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Olá!!!Demorei um pouco para dar as "caras" por aqui no meu blog, devido a impossibilidade de estar comparecendo para a edição desse blog com antecedência.
Abaixo estarei falando sobre minha convivência dentro do TG-02-052, sobre os eventos e minha relação com meus companheiros Atiradores, bem como meus feitos no dia-a-dia na OM e a importância desse acontecimento na minha vida.

No dia 06/07/2010 inicio:

Alistamento!


" Minha intenção desde um ano anterior, ano de alistamente, era não servir o Exército Brasileiro (EB), por motivos diversos. Nos dias em que eu comparecia para dar continuidade nos documentos de alistamento, nem imaginava que entre os quase 4000 (aproximadamente) alistados, eu seria o 078 dos 100 Atiradores selecionados para o ano seguinte. Lembro-me que no final do ano, na secão de exames, como saúde, provinha intelectual, condição física, etc..., cheguei correndo com meu boné que tive de tirar, sendo motivo de piadas e risos, pois estava todo embaraçado e comprido. Talvez seria esse um dos motivos da minha aptidão para o serviço. Nos exames, os Monitores do TG, aproveitaram para abusar um pouco dos civis, inclusive eu, que tive de pagar flexões extras para satisfazer o poderio dos Monitores. Estávamos então ali, sendo subordinado, algo desnessário num certo limite, daqueles atiradores.
Fui entrevistado, assim como todos, pelo Sten Instrutor do Tiro-de-Guerra, Aurélio Picciano, por duas vezes; ambas vezes não tive motivos para não servir, eram as minhas condições: Morava com meus pais e praticamente era dependente deles; era primogênito, mas mesmo assim, isso não foi motivo de dispensa; a renda familiar era rasuável; residência era próxima a OM(Organização Militar). Resumindo, tinha tudo para servir."

Prólogo: Apto para Servir!


" No Tiro-de-Guerra de Mogi das Cruzes (TG 02-052), eu fui apto para servir, iniciando as instruções em Março de 2010. Poucos dias anteriores comparecíamos para algumas instruções prévias extremamente básicas, onde começamos a ter uma micro-idéia do que passaríamos depois. Pra mim foi totalmente tudo novo, não imaginando que as atividades que estávamos aprendendo eram, propriamento dito, de um militar. No meu antigo conceito (errado) sobre o EB e até mesmo sobre a OM TG, as instruções eram ilusitadas e surreais, comparadas á realidade que é bem diferente. Desvalorizava até então o TG em relação á uma OMA (Organização Militar da Ativa), no que se dizia, em nível geral, tanto das instruções como dos próprios formandos. Conceito que caiu em contradição, tendo eu como experiência em vida, um mais novo atirador do EB, de uma OMR (Organização Militar da Reserva), sendo entre os 100, o conhecido como "Atirador 78 - Franco, sendo da turma Mallet (Sten Picciano).
Havia duas turmas, de 50 pessoas inicial



Finalmente: a turma Rondon (1-50) sob comando do Sgt Mattos, Mallet sob comando do Sten Picciano (51-100).




Com o decorrer dos dias, tivemos a formatura de incorporação. Representando a mudança de uma vida civil para uma vida militar, onde a base é a Hierarquia e Disciplina, base essa que parte dos atiradores não seguiam.
Um ex-atirador, conhecido meu que serviu na mesma unidade, me passou algumas noções sobre o que haveria durante parte do ano. Um dos fatos mais importantes, que ele me sugeriu até, era para concorrer a ser Monitor do TG. Os monitores são aqueles que auxiliam os instrutores, sendo seu braço direito em tudo que for lhe imcubido pelo Chefe de Instrução, como: Comandar ordem unida, serviços de guarda, auxiliar nas instruções de outros atiradores, assim sendo um ajudante geral e tendo ordem para tomar parte sobre os atiradores. No final do ano, dos aproximados 24 monitores, 14 são promovidos á Cabo. Para se tornar monitor é necessário ser admitido para o CFC (Curso de Formação de Cabo), onde conclui até com êxito, perante outros atiradores, pelo meu esforço que era, de certa forma, reconhecido pelo Sten.
Tivemos outros eventos como formaturas, desfiles, e missões até a metade do ano, aproximadamente.


 


Tive diversos problemas por querer fazer o certo. Boa parte dos atiradores desgotavam do meu modo de ser em serviço e por discordar de fatores que despadronizava a disciplina militar.
Uma vantangem de servir foi que abriu meus horizontes, em opções de trabalho. Seguindo a carreira militar seria um grande passo para bancar meus estudos, portanto não pretendo continuar muito na carreira militar por virtude do meu sonho.
Meu primeiro serviço de guarda, fiquei como P2 (Posto 2) ou sentinela 2. O p2 era encarregado de patrulhar a parte traseira do quartel, assim como o portão, enquanto p1 assegurava-se do portão frontal. Na maioria das guardas era Comandante da Guarda ou Cabo da guarda. O comandante, era o posto superior entre os 8 atiradores, seguido do Cabo que trocava de duas em duas horas os sentinelas, inclusive na madrugada. Eu que já tenho um pouco de olheira, nesses dias o estado era complicado, em termos de aparência.



O Tg possuía algumas parcerias amigas, como a empresa de relacionamentos Vidax, um Call Center. Na Vidax consegui entrar e atualmente sou vendedor da telefônica (receptivo).
Essas informações acima são todos os momentos principais, com alguns dos fatos importantes até a atual data (Julho), onde estarei contando de forma Presente tudo que ocorrer daqui até o final do meu serviço no TG.


Acampamento do CFC -21 de Julho de 2010

O acampamento foi exclusivo para os integrantes do CFC (Curso de Formação para Cabos) realizado no dia 21 de julho ao dia 22. Ficamos num período dum dia inteiro e retornamos para a OM noutra dia de manhã.
Esse acampamento tinha por finalidade instruir os futuros monitores do Tiro de Guerra, tornando-os aptos a auxiliar nessas devidas instruções para o acampamento final, auxiliando os instrutores.
Caminhamos bastante da OM até o pé da Serra do Itapeti, onde lá havia uma casa que era fechada por mato. Cansados chegamos ao local, guiados por um mapa onde localizamos ponto-a-ponto até o objetivo final, e tivemos de executar a pista de "resistência", como rastejar, gatinhar, pular, atravessar uma corda no comando "craw", e outros exercícios propostos pelos instrutores.











Depois dessa pista fizemos a manutenção do armamento, que por certo estava tudo sujo.
Todos os exercícios o Mq 7,62 M968 estava presente no lado de cada atirador, como diziamos "era nossa namorada".
A comida pra recompensar, feita pelo Sten, estava sem sal mas era tudo que precisávamos naquele momento de cansaço. Haviam atiradores mais cansados por terem de repetir todo o processo dos exercícios, por esquecerem da senha e contra senha acompanhados por uma mensagem. Senha: Raio, Contra-senha: Trovão, Mensagem: Não pergunte se somos capazes, dê-nos a missão!














Sub-tenente Picciano, instrutor chefe do Tiro de Guerra de Mogi das Cruzes com seu fogão de campanha.
Dessa fogueira saía a comida com as almôndegas quentinhas. Detalhe: de casa só levei um pacote de miojo e um pouco de bolacha.


Testamos nossos conhecimentos na pista de orientação, seguindo através da distância e azimute, com uma bússola e bloco de notas. Essa pista foi muito extensa, atravessamos de um enorme morro para o outro, entre ambos, num "buraco" havia só árvores; além desse grande detalhe subimos alguns morros super íngrimes (sempre com o armamento e com a mochila também nesse exercício). Na mochila continha itens para sobrevivência, manutenção do armamento, e outros que chegavam ser até dispensáveis. Essas mochilas foram inspecionados pelo Sg Mattos, onde recebi uma FATD por não estar com as mesmas completas e prontas. O Sten sabendo anulou a FATD. Até então sem nenhuma falta.

Na noite realizamos exercícios de Reconhecimento x Segurança. Orientação com a bússola e exercício de mensageiro.
Na pista de orientação noturna uma das patrulhas subiram essa mesma elevação (figura ao lado) pela segunda vez; a primeira na pista de orientação diurna.
Uma das patrulhas deveria subir essa elevação, e a outra abaixo dela, onde se localizavam com uma lanterna e calculavam o "azimute" (direção). Do Mensageiro, sob uma corda com uma mensagem divida em três partes em tira de papéis embutida numa garrafa pequena.
Essa corda percorria partes diferente do terreno: d'baixo de ponte sob um lago, mato, lama, brejo e terra.
O mais interessante foi o exercício de Reconhecimento (minha patrulha) vs Segurança (patrulha adversária). Eles tinham a missão de resgatar um prisioneiro que estava conosco dentro de um cômodo protegido por uns oito atiradores, aproximadamente. Porém era quase impossível porque a opção mais fácil era um pedaço de estrada que facilmente localiza o inimigo de longa distância. Bow! o Cmte da patrulha atira (munição de festim)para alertar suspeita de inimigo á vista e vencemos o exercício.



















Assessoria de Comunicação Social do MD
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército/Revista Verde-Oliva

O terceiro-sargento temporário foi instituído no Exército Brasileiro por intermédio da Lei nº 6.144, de 29 de novembro de 1974, com a finalidade de preencher parcela das vagas de terceiros-sargentos com praças temporárias. Foi considerada, ainda, a necessidade de graduados para compor a reserva mobilizável da Força Terrestre. A solução adotada permitiu estruturar a carreira dos graduados por meio da adequação dos efetivos de sargentos de carreira, fato que permitiu um fluxo mais regular e harmônico. Em 1976, foi iniciada a formação da primeira turma de 3º sargentos temporários das Qualificações Militares Singulares (QMS) combatentes. Posteriormente, contemplou-se a formação de todas as QMS: Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Comunicações, Material Bélico, Intendência e Saúde. Atualmente, além dos Cursos de Formação de Sargentos Temporários, conduzidos nas diversas Organizações Militares (OM) do Exército Brasileiro, funcionam os Estágios Básicos de Sargentos Temporários Voluntários, cada qual revestido de características peculiares que serão abordadas a seguir.
O Curso de Formação de Sargentos Temporários (CFST)
A formação do 3º sargento temporário por meio do CFST é realizada em diversas OM da Força Terrestre. O Curso desenvolve-se sob a coordenação das Regiões Militares, orientado pelos Comandos Militares de Área e regulado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER). Conduzido de forma eminentemente prática, tem como universo de seleção os cabos e soldados engajados que tenham concluído o Curso de Formação de Cabos com aproveitamento. Destacada conduta e alto desempenho nas funções inerentes aos cargos que ocupam na OM são, também, aspectos considerados.

A instrução conduzida no CFST tem por objetivos:
• formar o 3º sargento temporário combatente, capacitando-o a liderar e comandar a fração elementar de sua Arma, Quadro ou Serviço;
• habilitar o graduado ao exercício das funções comuns ao 3º sargento, com destaque para a execução dos serviços internos e em campanha; e
• propiciar ao 3º sargento temporário a iniciação e o treinamento indispensáveis para o desempenho satisfatório das funções de monitor e de instrutor da OM.

A estrutura do curso, o rol de instruções e as condições para o funcionamento do CFST são normatizados nos respectivos programas-padrão (PP) da série QUEBEC específicos para cada Arma, Quadro e Serviço. Além desses documentos, outras informações e diretrizes específicas estão consubstanciadas no Programa de Instrução Militar (PIM) e em portarias do Comandante do Exército, além de constarem das Diretrizes de Instrução dos Grandes Comandos e Grandes Unidades enquadrantes das OM com encargo de formação.

O curso desenvolve-se em duas fases. A primeira coincide com a execução da 1ª subfase da Instrução Individual Básica (IIB), e ocorre ao longo de oito semanas. Busca-se, nessa fase, focar a instrução na função que o concludente ocupará na OM. São ministradas instruções referentes às matérias comuns a todas as QMS: Armamento e Tiro, Chefia e Liderança Militar, Comunicações, Educação Moral e Cívica, Inteligência e Contra-inteligência, Instrução Geral, Marchas e Estacionamentos, Metodologia da Instrução, Operações de Garantia da Lei e da Ordem, Ordem Unida, Topografia e Treinamento Físico Militar, além das instruções peculiares aos diversos grupamentos de instrução.

Uma vez que os alunos estejam instruídos e orientados para a execução das atividades básicas inerentes a seus cargos, inicia-se a 2ª fase do curso. Ela tem a duração de 13 semanas, coincidentes com a Instrução Individual de Qualificação (IIQ). O instruendo passa a desempenhar as funções do cargo para o qual está sendo formado e tem participação ativa na IIQ. Contribui, dessa forma, para a formação dos recrutas incorporados naquele ano, os quais, ao término da IIQ, serão seus subordinados diretos.

Em princípio, cada OM é responsável pela formação de seus próprios sargentos temporários. Caso necessário, principalmente para a formação das QMS mais técnicas ou para proporcionar economia de recursos, é possível centralizar a 1ª fase do curso em uma OM da Brigada ou da Região Militar. Para a realização da 2ª fase, os alunos que, eventualmente, freqüentaram a 1ª fase em outra OM, retornam a suas OM de origem, onde concluirão o curso.

Após a conclusão, o 3º sargento temporário será efetivado no cargo para o qual foi formado, passando a desempenhá-lo em sua plenitude. O término do CFST coincide com o início do período de adestramento, no qual o concludente do Curso atuará como comandante de fração, instruindo e conduzindo seus subordinados nos diversos exercícios. Nas OM especializadas, é permitida e estimulada a participação dos sargentos temporários nos cursos e estágios ministrados para os graduados de carreira, a fim de permitir a participação desses militares nas atividades específicas conduzidas na Unidade. Ao ser matriculado no CFST, o aluno assume, por escrito, compromisso de servir ao Exército Brasileiro pelo prazo mínimo de um ano, caso conclua o curso com aproveitamento, a contar da data da promoção à graduação de 3º sargento. É facultado ao 3º sargento temporário a permanência na ativa por um período máximo de sete anos, computados todos os tempos de serviço público (Serviço Militar Inicial, engajamentos e outros), consecutivos ou não. O fato de o sargento temporário não ser movimentado permite o pleno aproveitamento de seu tempo de serviço pela OM formadora.
O Estágio Básico de Sargento Temporário (EBST)
Algumas especialidades técnicas são críticas e indispensáveis para o efetivo funcionamento das OM da Força e essas vagas não são passíveis de preenchimento com os recrutas incorporados para a prestação do Serviço Militar Inicial. Para o atendimento dessas necessidades específicas, foi idealizado o Estágio Básico de Sargento Temporário (EBST). O Estágio tem como universo de seleção os reservistas de 1ª e 2ª categorias, os dispensados de incorporação e as mulheres, voluntários e integrantes de categorias profissionais de nível médio relacionadas com áreas de conhecimento de interesse do Exército. O EBST é conduzido à semelhança do CFST e do Estágio de Adaptação e Serviço (cursado pelos médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários), com as necessárias adaptações.

Sua 1ª fase, que tem a duração de 45 dias, tem por objetivos gerais adaptar os estagiários à vida militar; proporcionar conhecimentos e desenvolver habilidades e destrezas indispensáveis para o exercício das funções inerentes ao 3º sargento técnico temporário; e desenvolver os atributos da área afetiva que conformam o caráter militar. Essa fase é realizada em OM operacional designada pelo Comando da Região Militar e sediada na mesma Guarnição onde os estagiários realizarão a 2ª fase do EBST – Aplicação de Conhecimentos.

A 2ª fase tem a duração de 10 meses e 15 dias, os quais, somados ao período da 1ª fase, totalizam os 12 meses previstos para o EBST. Os objetivos colimados para a 2ª fase do estágio são: adaptar os estagiários ao exercício dos cargos para os quais foram convocados; proporcionar condições de aplicação de suas técnicas profissionais; e torná-los mobilizáveis, quando na reserva, para exercer cargos privativos de 2º sargento de suas respectivas qualificações.

As condições de funcionamento, a listagem dos assuntos elencados para as instruções aos estagiários e demais normas reguladoras do EBST encontram-se editadas no Programa de Instrução Militar, na Diretriz Complementar para o Serviço Militar Temporário em Tempo de Paz, nas diretrizes emanadas dos Grandes Comandos e Grandes Unidades enquadrantes das OM com encargo de formação, e no PPE-07/3 – Estágio Básico de Sargento Temporário, elaborado e editado pelo COTER e aprovado pelo Estado-Maior do Exército.

Conclusão
A preocupação e o esmero da Força na preparação do 3º sargento temporário é proporcional à importância desses militares no contexto da Instituição. O 3º sargento é o comandante de frações elementares das Unidades e desempenha papel fundamental para o êxito das missões atribuídas à Força Terrestre. Assim, o Exército Brasileiro busca oferecer, dentro de suas possibilidades, as melhores condições para a formação dos sargentos temporários. Para isso, seleciona o pessoal encarregado da condução dos cursos entre os melhores das Unidades de Tropa e disponibiliza o material indispensável ao pleno acompanhamento das instruções. Dessa forma, os militares temporários estão em condições de assumir cargos destacados nas OM.
 

Estágio Básico do Combatente do Pantanal

Por Hiram Reis e Silva, Porto alegre, RS, 14 de dezembro de 2009
“A disciplina militar prestante Não se aprende, Senhor, na fantasia, Sonhando, imaginando ou estudando, Senão vendo, tratando e pelejando”. (Luis Vaz de Camões – ‘Os Lusíadas’) Dois militares morreram, na tarde de 26 de novembro, durante treinamento na base militar do Comando do 6º Distrito Naval de Ladário, Corumbá, Mato Grosso do Sul. O cabo do Exército Diego Augusto de Lima Leite e o soldado Antônio José dos Santos Neto, ambos de 21 anos, regressavam de uma patrulha, quando se sentiram mal e desmaiaram.
A equipe médica agiu prontamente e, logo depois do atendimento de emergência, os militares foram evacuados para o Hospital Naval da Marinha. A equipe médica realizou, por meia hora, tentativas de reanimação, sem sucesso. “O cabo Lima Leite estava num estado de saúde diferenciado, mais grave. Ele passou mal de imediato, rapidamente. Foi levado de helicóptero, acompanhando por um médico, porque era mais grave. A capacidade na aeronave era para dois lugares.
O outro (soldado Antônio José) foi de voadeira para o hospital”, relatou o comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, general-de-brigada Roberto Jungthon. Infelizmente, tragédias como essa se prestam para que abutres apátridas mostrem suas garras e tentem macular a mais prestigiada Instituição Nacional, o Exército Brasileiro, conforme afirmam as inúmeras pesquisas de opinião ao longo dos anos. A imprensa, muitas vezes, revanchista e mal informada, dá ouvidos aos indisciplinados e rancorosos que nada têm a oferecer senão o escárnio aos princípios basilares que regem a secular corporação militar.
“Nos bancos escolares castrenses, nos freqüentes exercícios práticos, nas missões internacionais e no intercambio com as Forças Armadas de nações amigas, com perseverança, é buscado o aperfeiçoamento profissional. Buscas singulares, bastante abrangentes e diversificadas. (…) O exigente ensino militar é movido por pedagogia ímpar, pois diferentemente da comum no ensino acadêmico, o aprendizado dos instruendos muito mais pesa sobre o ombro do instrutor militar do que sobre o do instruendo. Afinal, a mentalidade militar julga ser uma temeridade levar para a guerra gente despreparada”. (Cel R/1 Jorge Baptista Ribeiro) – Mortes sem suspeitas no 17° Batalha de Fronteira “Pois, aqui, Senhor, Da mistura de lama e sangue Do passado, Empunhando o aço De divina têmpera, Criastes o Guerreiro do Pantanal, A subjugar o invasor… E o adverso”.
“O Estágio Básico do Combatente do Pantanal (EBCPAN) é uma atividade prevista para as Organizações Militares da 18° Brigada de Infantaria de Fronteira (18 Bda Inf Fron). O EBCPAN, estava previsto no 17° Batalhão de Fronteira (17 B Fron) desde novembro do ano passado (2008), portanto uma atividade regulamentar, com Ordem de Instrução, Quadro de Trabalho Semanal e aprovação do General Comandante da Brigada.
O exercício transcorreu de forma profissional, com uma equipe de instrução bem orientada e consciente dos seus deveres e responsabilidades. Consistia em dois dias em forma de rodízio de pelotão, com as seguintes instruções: Tiro de Ação reflexa diurno e noturno, Pista de orientação diurna e noturna, Tiro embarcado, Tiro contra embarcação, Pista de Combate à Localidade e Pista de TAI.
No segundo dia de exercício, os participantes montaram uma base de patrulha e foram liberados para o descanso às vinte e uma horas, sendo que a alvorada foi às seis do dia seguinte. Nos dias seguintes, foram realizadas três patrulhas, tendo como comandantes três tenentes.
Essa fase foi transcorrida como um adestramento nível Pelotão, portanto os Comandantes de Pelotão recebiam a missão e planejavam a utilização do tempo (inclusive com tempo previsto para descanso).
O Cabo e o Soldado falecidos passaram mal no último dia de instrução e foram socorridos imediatamente. Conforme o plano de segurança, houve uma mobilização rápida e eficiente da coordenação do exercício, da equipe de saúde, do Posto médico da guarnição de Corumbá, do Hospital Naval de Ladário e do 4° Esquadrão de Aviação Naval (houve evacuação aero médica).
Foi constatado na autópsia que o CABO ESTAVA FAZENDO USO DE TRÊS TIPOS DE ANABOLIZANTES e o SOLDADO ESTAVA TOMANDO ANFETAMINAS por ocasião do exercício no terreno. Cabe ressaltar que a automedicação era proibida. Em virtude da sobrecarga no sistema imunológico, no sistema renal – linfático e no sistema cardiorrespiratório, em virtude do uso das drogas, os militares não reagiram adequadamente às atividades físicas e tiveram uma fatal e fulminante parada cardiorrespiratória (segundo laudo do IML).
O email intitulado ‘MORTES SOB SUSPEITA (17 B Fron)’, é de origem de um sargento de Forte Coimbra que está agregado ao 17 B Fron. O referido sargento responde a seis processos na justiça militar, sendo um deles por insubordinação. O mesmo sargento divulgou um e-mail caluniando o Capitão Comandante de Forte Coimbra, e um dos processos pelo qual está respondendo é em virtude desse e-mail.
Não satisfeito o mesmo sargento fundou a filial da Associação de Praças do Exército Brasileiro (APEB) em Mato Grosso do Sul e agora está fazendo denúncias infundadas envolvendo o Comando da 18 Bda Inf Fron, o Cmdo do 17 B Fron e caluniando diretamente outros militares.
Toda informação diferente da prestada por este email é inverídica. Por favor repassem para todos conhecidos e esclareçam a situação”. Assinam: Todos os militares do 17 B Fron que são comprometidos com o Gigante Pantaneiro e com a Instituição a que servimos.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
 

Sistemas de armas suecos no Brasil: AT-4


Autor: Vympel1274
Plano Brasil
AT4 (e suas variantes AT-4AT4 CS, AT4 CS HPAT-4 CS AST) é um lança-rojão (terminologia utilizada das forças armadas Brasileiras) de calibre 84 mm, portátil, sem recuo e alma lisa, construída na Suécia pela Saab Bofors Dynamics (anteriormente Bofors Anti Armour Sistems). A Saab teve considerável sucesso de vendas com o AT4, tornando-se uma das mais comuns armas anticarro no mundo. Pretendia-se dar as unidades de infantaria um meio para destruir ou incapacitar veículos blindados e fortificações, embora geralmente não seja suficiente para derrotar um moderno tanque principal de batalha (MBT). É utilizado no Brasil pelo Exército Brasileiro e o Corpo de Fuzileiros Navais dentro dos grupos de combate, podendo variar de uma a duas peças por grupo de combate, dependendo da disponibilidade do armamento e das características do tipo de fração.
Comandos do Exército Brasileiro em deslocamento, dotados do sistema anticarro AT-4
1. Características
O AT-4 é produzido com um uso intensivo de plástico e fibra de vidro, com o intuito de dar resistência á impactos e leveza, além de baratear sua produção. Sua unidade de pontaria ficam protegidas por coberturas móveis, que são deslizadas pelo operador por ocasião da preparação para o tiro.
A designação “CS” representa “Espaço Confinado” referindo-se a carga propelente sendo projetado para operar com eficiência dentro dos edifícios em um ambiente urbano. A designação “HP” quer dizer “alta penetração”, ou seja, incremento na capacidade de penetração em blindagens. A designação “AST” quer dizer “anti-estrutura”, com a finalidade de ser utilizado contra estruturas de concreto armado ou tijolos. O lançador e a munição são fabricados e embalados como uma única unidade, com o lançador descartado após o tiro.

Massa de mira á frente

Alça de mira á retaguarda

Sistema de disparo

Visão seccionada de uma munição do tipo  HEAT do AT-4
Visão do lançador e da sua munição do tipo  HEAT .
2. Variantes:
Atualmente, são oferecidas para exportação as seguintes versões:
AT-4 em sua configuração básica;
AT-4 CS HP (Espaço confinado alta penetração);
AT-4 CS AST (Espaço confinado anti-estrutura);
AT- 4 / M136 (Versão básica do AT-4 de fabricação sueca produzida nos Estados Unidos).
AT-4
O Saab Bofors Dynamics AT4 é um sistema anticarro descartável de calibre 84mm e de tiro único. É leve (cerca de 7 kg) e fácil de operar. O lançador é feito em sua maior parte de plástico reforçado com fibra de vidro, com alumínio no enturi á retaguarda, almofada para o ombro e cobertura de plástico nos extremos. As partes principais do rojão anticarro disparado pelo AT-4, são o conjunto de aletas dobráveis, o detonador, o cone de cobre e a carga oca composta de HMX/TNT, com um revestimento especial.
Versão básica do sistema anticarro AT-4
As aletas se extendem automaticamente após o projétil ser disparado e sair do tubo lançador para estabilizar em pleno vôo. O detonador tem um dispositivo de segurança para impedir detonação acidental. Com o impacto, a espoleta detona a carga oca, mesmo em ângulos de impacto tão íngremes como 80° em relação ao alvo. O desenho especial da carga oca provoca danos por sobrepressão e intensa fragmentação dentro do alvo.  A alça de mira é ajustada de fábrica para 200 m.
Dados técnicos:
Calibre: 84 mm
Peso: 6.7 kg
Comprimento: 1 metro
Penetração em blindagem: > 420 mm
Velocidade inicial: 290 m/s
AT-4 CS HP (Espaço confinado alta penetração)
A AT4-CS (Espaço Confinado) é um sistema portátil disparado por somente um homem, descartável e projetado para ser disparado em espaços confinados (daí o “CS” na designação) e é um desenvolvimento do modelo anterior AT4. O sistema dispara um único rojão de calibre 84 milímetros de alta velocidade. O sistema vem completo com uma alça de ombro, punho dobrável na parte anterior do tubo lançador e equipamentos de proteção pessoal para o tiro. É um sistema otimizado para operar em área urbana, contra elementos blindados.
Versão CS HP (Espaço confinado e alta penetração) do sistema  AT-4  calibre 84 mm
O tubo lançador é produzido com fibra de vidro reforçado com partes em alumínio, visando diminuir o peso total, aumentando também sua resistência á impactos. A abordagem “espaço confinado” implica que o sistema pode ser acionado a partir das aberturas dos quartos, sem o receio de enorme e mortal área de sopro á retaguarda, que pode ferir ou matar quem estiver na área compreendida á retaguarda do lançador.
O modelo CS oferece a possibilidade de disparo de dentro de cômodos
A munição, uma vez acionada a partir do lançador, é estabilizada em vôo por aletas dobráveis. As variedades das ogivas são duas, uma de alta penetração (HP) e uma do tipo de sensibilidade reduzida (RS). O peso da arma é de apenas 7,5 kg.
Dados técnicos:
Calibre: 84 mm
Peso: 7.8 kg
Comprimento: 1.4 metros
Penetração em blindagem: > 500 mm
Velocidade inicial: 220 m/s
AT-4 CS AST (Espaço confinado anti-estrutura)
A ogiva em tandem do AT-4 CS AST é projetada para ser capaz de derrotar um grande número de diferentes objetivos, que vão desde um inimigo posicionado atrás de uma parede de tijolos pesados ou paredes de concreto, um inimigo dentro de uma fortificação ou em um veículo blindado leve. Dependendo da escolha do artilheiro para a configuração do detonador,  usando um seletor de modo existente na arma, o rojão irá detonar na parede do edifício ou na sala seguinte, criando um novo ponto de entrada. É otimizada para o emprego em áreas urbanas, contra pessoal abrigado em estruturas ou fortificações.
Versão CS AST (Espaço confinado e anti-estrutura) do sistema anticarro AT-4
O AT4CS AST combina o poder de destruição da ogiva em tandem com a capacidade de aumento de sobrepressão ocasionada por espaços confinados. Onde outras armas anticarro convencionais forçariam o operador a utilizar janelas portas para atingir alvos no interior de construções , o AT4 CS AST com sua ogiva secundária em tandem perfura a parede externa e posteriormente a ogiva principal detona no interior da construção, multiplicando seu efeito antipessoal.
Dados técnicos:
Calibre: 84 mm
Peso: 8.9 kg
Comprimento: > 1 metro
Velocidade inicial: 205 m/s
AT-4 M136
A AT4 M136 é anunciado como o principal sistema de arma leve anticarro do Exército dos Estados Unidos, disponíveis para esquadrões de infantaria e é baseado no sistema original anticarro AT4 de fabricação sueca lançado do ombro. O sistema pode ser usado por um único operador contra alvos blindados que representem uma ameaça para os pelotões de infantaria. Essencialmente, o AT4 M136 funciona como um canhão sem recuo, permitindo a penetração de alvos blindados, disparando um rojão calibre 84 mm, medindo cerca da metade do comprimento do tubo de lançamento.
Versão de produção americana do AT-4 / M136, com previsão de instalação de sistema de intensificação de luminosidade.
O rojão do M136 é uma munição anticarro de alto explosivo, de calibre 84 milímetros Sua estabilização é feita por aletas que se desdobram após o rojão deixar o tubo de lançamento. O lançador em si é um tubo de uma única peça envolta em fibra de vidro e é descartável após um disparo.
3. Histórico em combate:
O sistema AT-4 foi utilizado durante a invasão do Panamá, na guerra do Iraque e do Afeganistão.
Disparo do sistema anticarro AT-4, de calibre 84 mm.
Militares da 12ª Bridada de Infanteria Leve Aeromóvel do Exército Brasileiro, dotados com o sistema anticarro AT-4 de calibre 84 mm